quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Que verdade esses Textos!

Shalom queridos, hoje vim trazer um texto interessante extraído do blog da Pastora Ana Paula Valadão Bessa, escrito pelo seu esposo Pr. Gustavo Bessa , como eu não sei se vocês tem acesso ao blog dela decidi transcrever os 2 últimos post dele. Como o pr. Gustavo foi feliz e verdadeiro em suas colocações, espero que você tenha a oportunidade de rever seu conceitos e mergulhar mais no conhecimento da palavra de Deus, somos livres, Cristo nos libertou de todas as algemas e dogmas. Aleluia.

http://blogdaana.wordpress.com/

1º Texto

Por uma Nova Reforma

Nós estamos precisando de uma nova Reforma! Na época da primeira Reforma, a igreja estava vendendo terrenos nos Céus; nos dias de hoje, a igreja está vendendo terrenos na Terra. Naquele tempo, as pessoas ansiavam pelos tesouros dos Céus; hoje, as pessoas anseiam pelos tesouros da terra. No passado, a igreja institucional usava a Bíblia para enganar os fiéis; no presente, muitas instituições também usam a Bíblia para enganar os cristãos. Mudaram as épocas, os nomes das pessoas, as propostas, as regiões geográficas, mas a ganância, a vaidade, a ambição e as estratégias continuam sendo as mesmas.

Precisamos de uma nova Reforma não, primeiramente, nas instituições, mas, sobretudo em nossos próprios corações. A Bíblia precisa ser redescoberta, não nos púlpitos e nas plataformas, mas nos nossos quartos e momentos mais íntimos. Se naquela época, as pessoas eram enganadas porque tinham os olhos nos Céus, hoje, as pessoas são enganadas porque têm os olhos na Terra; se no passado, os cristãos eram iludidos porque não tinham a Bíblia em suas mãos, hoje, eles são iludidos mesmo tendo uma, duas, três ou mais Bíblias em casa. O problema não é a falta das Escrituras, mas, sim, a falta de leitura e meditação na Palavra de Deus. Os cristãos se tornaram acomodados e preguiçosos!

Nos dias de hoje, poucas são as pessoas que não se deixam levar pela preguiça intelectual; e muitos são os que preguiçosamente se assentam para ouvir a música ou a pregação de um outro. Muitos são os que só se alimentam daquilo que é regurgitado por outros; e poucos são os que, diante do Senhor, cavam as suas próprias cisternas a fim de beberem das águas mais límpidas. Muitos, sem o saber, já estão doentes, pois são muitos os que não mais têm fome e nem sede. Alimentam-se através de uma sonda, quando alguém lhes injeta algum tipo de alimento na alma.

Os sermões, as pregações e a adoração congregacional são fundamentais; mas eles jamais substituem o firme fundamento que é construído no trabalho solitário da leitura e meditação diária nas Escrituras, quando a pessoa pode se encontrar e relacionar-se intimamente com a Palavra que se fez carne, Jesus, o Pão do Céu, o desejado da nossa alma. A recomendação que Paulo deu a Timóteo é a mesma que ecoa pelas paredes dos séculos e reverbera nos nossos ouvidos: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Timóteo 2.15 – RA).

Voltemos à Palavra e ao Testemunho!

Gustavo Bessa


2° Texto

Mais da Reforma

Todos os movimentos de Reforma na história aconteceram através de poucas pessoas, mas muitissimamente famintas e sedentas por Deus. Essa é a história do Cenáculo no dia de Pentecostes e também a história da Alemanha no dia 31 de outubro de 1517. No Cenáculo, um grupo de homens e mulheres se entregou de corpo e alma à busca pela Presença de Deus e derramamento do Espírito Santo. Na Alemanha, um jovem monge desesperado pela Verdade e Presença de Deus, afixava as suas 95 teses nas portas da Catedral de Wittenberg. Ele ansiava por Deus, por uma reforma na igreja, pelo retorno às veredas antigas, pela salvação dos seus concidadãos e por uma transformação na sociedade. Ele queria que todas as pessoas experimentassem o que ele mesmo, tempos antes, havia experimentado.

A Reforma do século XVI não começou na igreja, mas no coração de homens e mulheres que, como Martinho Lutero, ansiavam por Deus e pela doce Presença do Altíssimo. Essas pessoas estavam saturadas dos rituais religiosos, das rotinas vazias, das aparências externas, dos sacrifícios pesados, dos pregadores mercenários, das igrejas opulentas e dos corações angustiados. Havia um profundo e íntimo clamor por Deus e por sentido, pela presença do Altíssimo e por direção, pela Verdade e por libertação, pelo derramamento do Espírito e por salvação.

Martinho Lutero era apenas um no meio dos tantos homens e mulheres que diariamente se agonizavam diante de Deus, ansiando por mudança e por tempos de refrigério. Em meio às suas intensas e desesperadas buscas, numa de suas idas à biblioteca, ele casualmente encontrou a Bíblia acorrentada à uma mesa. O que os tantos outros livros, durante tantos anos, não haviam conseguido lhe proporcionar, as Escrituras lhe deram: a Palavra de Deus! Finalmente, a respostas para as suas perguntas; o bálsamo para as suas feridas; a lâmpada para os seus pés; a doçura para a sua vida amarga; a água para dessedentar a sua sede; e o pão para saciar a sua fome. Do início ao fim, em cada página das Escrituras, em cada instante diante de Deus, em cada momento de devoção, ele se encontrou com Jesus, o Verbo que se fez carne, Aquele, o único capaz de mudar a vida de alguém.

Enquanto diariamente peregrinava pelas páginas da Bíblia, gradativamente a sua peregrinação pelos caminhos da terra se tornava diferente. As pegadas que ele então deixava na areia já não mais eram um reflexo de seu encontro com os outros livros ou pessoas, mas sim um desdobramento natural dos seus encontros diários com a Palavra Viva. Bastou-lhe deixar o coração ficar diariamente exposto à Verdade da Palavra de Deus para ter os seus pensamentos e atitudes transformados. O seu coração incendiado por Deus incendiou a Alemanha, a Europa e o mundo!

Mais uma vez, na lembrança do Pentecoste e de Lutero, somos lembrados de que Deus não usa métodos, mas sim pessoas que decidem se entregar totalmente a Ele, em uma busca intensa, aguerrida, desesperada e perseverante.

Que o Senhor nos desperte.

Gustavo Bessa



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